terça-feira, 8 de agosto de 2017

Who am I?



Às vezes você tem que se perguntar - Que tipo de pessoa eu sou?

Olhar para sua diversidade, nuances que são perdidas quando tentamos nos encaixar na sociedade, grupo, ideia, religião, conceito ou tendência.

Que tipo de pessoa eu sou? 

Esse questionamento deveria vir muito antes dos planos de nos tornamos aquele "alguém" almejado, antes da escolha da profissão, de estabelecer um lar ou um relacionamento a longo prazo.

Pois geralmente queremos ser o profissional, ter a casa ou o amor a partir da pessoa imaginária, aquela que não somos e, se tivermos sorte, nunca conseguiremos ser.

São nossas diferenças que nos fazem interessantes, ruidosos, apavorantes, amigáveis, artísticos, espetaculares, supreendentes animais que se colocaram numa condição grandiosa e perigosa.

Toda a natureza se permite infindáveis formas, cores, aromas, sabores, funções, ações, caminhos, expressões, no entanto fugindo a nossa essência, queremos tonalizar e modular a todos numa única forma e chamamos a isso "perfeição".

O que será perfeição para um carvalho? Uma doninha? Uma cachoeira? Um molusco? Um vulcão? Um dente de leão? Uma estrela? Um gato? Um tornado? O mar? Uma pulga?

Perfeição, o mais alto nível de valores, coisa sem defeito, que se completou.

Será possível existir e para que? 

Por que buscamos o mais alto nível de valores de coisas que estão em movimento, são impermanentes, como toda vida, se iniciam e se destróem?

Será que para não ouvir a voz da grande sabedoria precisaremos continuar nos conflitando, em embates tolos sem sentido?

Sim, somos perecíveis, diversos, nunca iguais, como impressões digitais, iris, até mesmo corações que se negam a reconhecer outro corpo quando transplantado.

Deveríamos considerar isso como magnífica oportunidade, uma paleta de cores infinitas, texturas ainda não aproveitadas, sem julgar, sem temer, sem fechar os olhos para não reconhecer, não somos aquilo que imaginamos.

Que tipo de pessoa eu sou? Quieta ou estridente? Ponderada ou Irreverente? Sensível ou Concreta? Direta ou Acrobata? Amorosa ou Distante? Física ou Inefável? Encantadora ou Assustadora? Determinada ou Mutável?

Deixar que sua particularidade não seja mais em função e determinada pela pluralidade, uma diversidade diversa do que tendemos a considerar perversa.

Não ter medo de olhar para dentro, pois o destemor a si mesmo traz o amor que tanto propalamos como o remédio necessário da cura da nossa desumanidade.

A aceitação da própria e bela aspereza, outras formas que ainda não entendemos como funcionam e onde se encaixam, essa deveria continuar a ser a primeva ciência para nosso próprio crescimento.

Não - Quem eu sou? Mas - Quem sempre fui assim desapercebida?

Nenhum comentário:

Postar um comentário