quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ei, voce ai, me dá um dinheiro ai, me dá um dinheiro ai!




O preocupação com o dinheiro esta em tudo, da marchinha de carnaval as conversas de amigos, nos livros de auto ajuda e até mesmo na igreja, para tudo se precisa dele, comer, vestir, morar, se locomover, se divertir, estudar, trabalhar, casar e crescer.

Tem gente que vê o dinheiro quase como um deus, um ser todo poderoso que governa nossas vidas e quanto mais perto estamos dele mais felizes seremos, dinheiro em abundância cria na mente imagens de vida tranquila e sem problemas.
  
Já tem outros que negam o dinheiro o considerando raiz de todo mal, o pai da ganancia e compadre da violência, para essas pessoas dinheiro e espiritualidade não combinam, são antagônicos, e o tempo que gastamos para obtê-lo é um tempo perdido. 
 
Só que o dinheiro em si, o seu valor, é a aceitação de uma convenção social, afinal aquilo é papel pintado, decorado, que se diz valer isso e aquilo, e todos nós é claro aceitamos e assim damos a ele uma força real e também imaginaria.
  
O dinheiro é uma forma de medir o valor do trabalho, de um objeto, produto, bens, ele escalona de uma forma racional (nem sempre!) a força e gasto de produzir, manter, expandir, criar, veio no lugar das trocas de antigamente.
 
Já teve época que se recebia sal, dai o soldo, depois salario, também algo poderia ser transformado em valor-galinha, pão, semente, azeite, água, tijolo, tecido, cabra, leite, só que a cabrinha naturalmente  vale mais na mente do dono do que para aquele que a cobiça.
  
O homem precisava de algo que pudesse usar como garantia de um troca futura, nem tudo era para agora, o leite também azeda - que tal deixar para outro dia ? - e assim surgiram as moedas e depois um contrato verbal e escrito, o promissória, o papel moeda.
  
Tá vendo? O homem precisa do dinheiro para medir suas coisas, as coisas que ele já tem, as coisas que vai comprar, aquilo que ele cria e o que vai consumir para viver.

Dinheiro então é uma medida, das coisas físicas, mesmo aquelas que nos parecem sonho como uma viagem para um Resort em Pernambuco ou Paris, sei lá, os dins dins mudam de nome mas continuam a ser o que são, modos de contar aquilo que tem no mundo.
  
Mas qual o valor de um ser humano? 
  
Não o que ele consome, precisa, gasta ou pode produzir, mas seu valor intimo, social, espiritual ?
  
Difícil medir isso, mas se mede também, ser humano ativo, que produz, que gera riqueza, bens e produtos é mais valioso do que aquele que não trabalha, não tem bens ou pouco poder de consumo.
  
Gente de tem, que pode, que faz, nos parece infinitamente mais valiosa do que gente simples, limitada, incapacitada.
  
Mas se o poder do dinheiro é dado pela nossa confiança nele então somos nós que valorizamos o dinheiro e não ele que nos valoriza, tai um grande desafio para nossa crença, entender que a força é nossa vida, nossa mente, nossa intenção, tudo mais é imaginação. 
 
Mas você precisa tantoooooo !!! O que fazer ? 
 
Trabalhe, estude, realize, se expanda, mas sem perder de vista que dinheiro é uma forma de troca, é uma medida de algo físico, é algo do mundo, não vai durar pela eternidade e nem vai levá-lo na próxima parada. 
 
Então relax, aprenda a ganhar e gastar, dê a ele a força que deseja, não aquela que é criada por outra pessoa e/ou grupos para lhe manter atrelado num caminho só, não confunda Ter com Ser, e nem Obter com Evoluir.
 
Cure o comichão de trocar novamente de celular, comprar mais sapatos, o notebook de ultima geração, o vestido da moda, outro boné de marca, se contente com o guarda roupa que já esta lá, troque ou dê aquilo que não esta usando e desocupe espaço para novas energias.
 
Nem santo e nem diabólico o dinheiro é apenas uma ferramenta, mas quem a segura, quem realiza a obra é sempre você, esse sim um Ser valiosíssimo.
 
E acabo assim com um sambinha - Dinheiro para que dinheiro se ela não me dá bola....

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