terça-feira, 31 de agosto de 2010

Saindo das grandes esperanças e construindo pequenas certezas


Sempre que vejo notícias assombrosas e terríveis na tv, tsunamis, queimadas, furacões, mais uma guerra que se arrasta e outra que começa, desmatamento desmedido, fome, violência gratuita, poluição, intoxicação do meio ambiente, consumo irresponsável, vou até meu minusculo quintal e numa garrafa velha eu planto uma semente de jaca ou caju ou laranja.

Por diversas vezes, de diversas pessoas ouvi que a jaqueira não vai resolver todos os problemas do mundo e que além do mais ela demora mais de 20 anos para ser produtiva, e que talvez eu nunca a venha a provar dos seus frutos.

Eu sei que para muitas pessoas é estranha e até assombrosa a ideia de que o futuro é uma construção de todos, e não somente das pessoas envolvidas naquela noticia, naquela parte do mundo, mas que eu mesma, daqui de longe, posso estar fazendo algo, posso estar optando por um caminho diferente.

Eu sou uma só pessoa, mas meus gestos podem ser multiplicadores, 10% das jaqueiras que agora planto podem estar no futuro alimentando alguém necessitado, sendo a sombra num mundo super aquecido, segurando a pouca umidade do solo, seu fruto pode resultar num sub produto importante, talvez seja remédio para tanta coisa.

A mim não importa a falta de conhecimentos especiais, ações direcionadas por cientistas, ecólogos, educadores, grandes mentes, importa o que a pessoa formiguinha esta fazendo, são essas pessoas que cavam a vala que engole o mundo, os pequenos gestos mal pensados e tão mal direcionados.

Então em vez de cortar uma arvore eu planto, em vez de comprar mais um objeto eu reciclo, em vez de comprar dezenas de coisas que apenas juntam pó e usam do recurso natural para serem feitas eu aprecio a simplicidade.

Os homens da ciência dirão o que será preciso fazer, mas sera o homem comum que terá que faze-lo.

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